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Tempo | pt.2

  • Foto do escritor: Alayê Imirá de Brito
    Alayê Imirá de Brito
  • 14 de jan.
  • 2 min de leitura

Em algum lugar da Floresta Amazônica
Em algum lugar da Floresta Amazônica

“Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz… ‘pouco tempo para viver e pouco tempo para amar. Por que não viver amando?’”


Encontro essa frase escrita com a minha letra em um pedaço de papel durante uma faxina.

Releio por alguns minutos e tento lembrar de onde tirei essa reflexão.

Ao pesquisar, lembro que, parte dela, é plagiada do livro de Eclesiásticos enquanto a outra parte é fruto da minha reflexão em cima do Livro Sagrado. Relembro o porquê de ser chamado de “chato” por tantas vezes quando vejo que, na minha intimidade, questiono a Bíblia.


Reflito sobre o tempo que o meu conflito com o amor (e todas as suas muitas formas) era mais constante. Entendo que aquela reflexão foi uma tentativa de fazer as pazes com o amor.


Chico Buarque tem aparecido nos algoritmos do Spotify e eu não tenho o ignorado. Agora há pouco, estava tocando a obra “O Velho” e uma estrofe dessa obra me chamou atenção. O contexto é sobre um homem velho que não amou a vida inteira e que, agora, está se despedindo do mundo. A estrofe:

“O velho vai-se agoraVai-se embora sem bagagemNão sabe pra que veioFoi passeio, foi passagem”

Penso em silêncio.

Há alguns anos, as minhas músicas matinais variavam entre De Menos Crime e Racionais MCs. Lembro de uma pessoa que conheci e que se assustou ao ouvir uma das playlists de Rap Nacional que tenho no Spotify.


Isso me traz reflexões mais profundas. Ainda escuto todos os álbuns dos Racionais dos anos 90 em dias que me fazem lembrar que a guerra na nossa vida ainda não acabou. Mas, atualmente, tenho ouvido músicas que me fazem lembrar o porquê eu vim nesse mundo e, não partir como passagem.


E, entendo que, mais uma vez, é tempo de hastear a bandeira branca para o amor.

 
 
 

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